24 dezembro 2011
Andy Hemingway - Light Painting
21 junho 2011
Pós - graduação em Design
Design e Humanidades

Mais informações: www.usp.br/mariantonia
20 junho 2011
A Sinestesia da Tipografia

Hoje, quando estava estudando pra dar minha aula sobre tipografia, como sempre fui ler as novidades sobre o assunto na internet. E me deparei com esse termo: sinestesia tipográfica - em um artigo da Márcia Okida. Se quiser ler é só clicar aqui "O Tipo que nos Veste".
Segundo a teoria das múltiplas inteligências, a Inteligência corporal-cinestésica refere-se as habilidades que atletas e artistas (especialmente dançarinos) desenvolvem para a coordenação desejada de movimentos precisos necessários para a execução de sua técnicas.
Um problema sério no desenvolvimento dessa inteligência é que segundo Howard Gardner a maioria das escolas se satisfazem com desempenhos mecânicos, ritualizados ou convencionalizados, isto é, desempenhos que desenvolvem as habilidades apenas levando o aluno a repetir o que o professor modelou.
Uma das técnicas mais usadas para o desenvolvimento da cinestesia é vendar os alunos para que com a ausência da visão eles se focalizem na cinestesia no uso de suas técnicas. Outro recurso muito utilizado é o uso de um ou mais espelhos ao redor do aluno durante os exercícios ou filmar o treinamento para que a visão sirva como feedback de como estão sendo feitos os movimentos.
Ou seja... todos nós temos a inteligência cinestésica, alguns mais, outros menos, é a nossa capacidade de lidar com outras sensações, percepção e inteligência. Há aqueles que aprendem vendo, outros ouvindo, outros quando o tocam ou quando se mexem e etc.
Exemplos de sinestesias:
- Vamos respirar o ar verde do outono (respirar e verde,junção de sentidos)
- Latitude de uma montanha consiste a uma pedra
- Figura de linguagem
E o que isso tem a ver com o design?
Seria possível associar características que indiquem tristeza, glamour, alegria, esoterismo, cultura, amor e tantos outros sentimentos.
Isso é o que chamamos de Sinestesia Tipográfica que, quando usada de modo correto, dá ao design que criamos uma maior personalidade, criatividade e identificação com tema, mercado ou público."
15 junho 2011
12 abril 2011
17 março 2011
Helvética - a fonte mais popular do mundo

É a fonte mais usada por todos no mundo e agora com o documentário exclusivo de Gary Hustwit, com Helvética, apresentará entrevistas com designers e artistas com seus insights utilizando a fonte para o desenvolvimento de seus trabalhos e como foi a aceitação universal dessa fonte: uso nos e-mail como em marcas coporativas.
Mais informações em: Helvetica Film
05 novembro 2010
09 maio 2010
As influências artísticas no Design - parte 1
Nessa época estavam os primórdios, os antepassados do nosso design, que surgiu com a primeira revolução industrial. E a fotografia merece um post só dela, por isso que nem vou falar dela nesse momento. Mas... existiu a Art Nouveau que foi muito importante, porque nesse momento, usavam a litografia para impressões de cartazes, e é claro.. existiram artistas preocupados nessa comunicação instântanea e no desenvolvimento de layouts cada vez mais eficazes, limpos e modernos. Ainda nem imaginavam a criação da profissão: designer.
Não tenho como entrar nesse assunto e não citar o Henri Marie Raymond de Toulouse-Lautrec Monfa (1864-1901), apenas apreciem alguns de seus cartazes, na época uma revolução gráfica e que hoje inspiram muitas das capas de revistas, cartazes e demais layouts.
- É um estilo que se trabalhou e projetou a página impressa (cartazes e posteres) pela primeira vez;
- Influenciou a criação de marcas, e tipografia, todas criadas à mão na época;
- Influenciou também a moda, o imobiliário e tecidos, assim como os utensílios populares;
- Criação da litografia colorida;
19 abril 2010
Banalização do Design
06 abril 2010
Weingart - o gênio do design

Confesso que demorei para me apaixonar por tipos, como qualquer principiante de design, achava que era apenas escolher as "letrinhas" mais bonitinhas de acordo com cada projeto... porém... o amadurecimento vem, você não deseja mais ser um "comercial designer" e deseja expressar, sentir e mostrar suas opiniões através do design... passando a ser uma artista além de tudo.
E na Europa o design é arte, sempre foi e sempre será, porque os caras querem experimentar, ousar, vender (é claro), mas com uma visão mais específica - diferente do design americano - o que vale é vender, consumir e ... enriquecer!
Nesse cenário europeu é que aparece o Wolfgang Weingart, o momento do Design Pós-Moderno, ele quebrou com as regras puritanas de composição realizadas com esmero por Josef Muller, Emil Ruder e Armin Hoffman na Suiça. Mas ainda não era o momento dele, pois o mundo prestava atenção no design inglês inovador, com as bases no movimento punk, de Peter Seville e Neville Brody.
O trabalho gráfico de Weingart é marcado por espaçamentos diferenciados entre os caracteres, criação de desenhos e formas com os tipos, não há uma leitura imediata dependendo da proposta gráfica, e sua tipografia baseou-se em regras semânticas, da sintaxe e da funcionalidade.
Ele estava mais interessado nas qualidades gráficas da tipografia, acreditava que certas modificações poderiam intensificar a mensagem textual e visual de qualquer composição gráfica, de um projeto de design.
"É um artista dialético que trabalha nos níveis mental, emocional e pragmático".
Ele nunca deixou de estudar as noções básicas da tipografia, isso é essencial para se criar, assim como em tudo na vida, portanto, lettering, espaçamento, entrelinhas, tipos de impressão, tamanho, diferentes sistemas de impressão e composição... tudo isso são detalhes importantes na hora de compor um texto.
E para terminar fico com as suas definições de o que seria Tipografia, que em minha opinião são fantásticas:
" É transformar um espaço vazio, num espaço que não seja mais vazio. Isto é, se você tem uma determinada informação ou um texto manuscrito e precisa dar-lhe um formato impresso com uma mensagem clara que possa ser lida sem problema, isso é tipografia...
Tipografia pode ser também algo que não precisa ser lido... pode fazer algo ilegível, para que o leitor descubra a resposta. Isso também é possível, e isso também é tipografia".
Wolfgang Weingart
fonte:
O Tipo da Gráfica - Cláudio Ferlauto
09 fevereiro 2010
TIPOgrafia
E o que seria isso?
Deixaram de estudar o traço, o desenho, as pesquisas de campo e semântica, a tipografia e até os processos gráficos. Tudo se limita no que o computador pode fazer. E design não é isso e muito menos o processo de criação.
Vou escrever agora e mais alguns dias sobre a Tipografia, que não é a escolha aleatoriamente das "letrinhas" que existem num programa de computador.
O Eduardo Bacigalupo diz:
"É a arte de escolher os tamanhos, o comprimento das linhas e as diferentes espessuras das informações dos textos. Seu critério de legibilidade deve depender, única e exclusivamente, de sua forma e contraforma, da proporção e da fluência rítmica dos seus sinais".
E Wolfgang Weingart (mestre em tipografia, e falerei dele mais pra frente), vai mais longe:
"Tipografia é transformar um espaço vazio, num espaço que não seja mais vazio. Isto é, se você tem uma determinada informação ou um texto manuscrito e precisa dar-lhe um formato impresso com uma mensagem clara que possa ser lida sem problema, isso é tipografia. Mas essa definição tem o defeito de ser muito curta. Tipografia pode ser também algo mais interessante, pode fazer algo ilegível, para que o leitor descubra a resposta. Isso também é possível, e isso também é tipografia".
A anatomia e estrutura dos tipos


fontes:
Arquitetura de Design UNICAMP
O Tipo da Gráfica, Cláudio Ferlauto, ed. Rosari
*Ouvindo L´amoureuse, Carla Bruni
25 dezembro 2009
Embalagens!!
Embalagens clássicas de produtos saem de cena e geram debate sobre memória afetiva e patrimônio do design no paí.
SILAS MARTÍ
DA REPORTAGEM LOCAL
Diante da prateleira de um supermercado, Daniela Name levou um susto. "Foi horrível", lembra a curadora, que correu para casa e postou em seu blog que a Piraquê estava aposentando as embalagens dos biscoitos Queijinho e Presuntinho, desenhadas pela artista Lygia Pape nos anos 60. "São mudanças criminosas, assassinas", diz ela. "É muito sério."
No lugar dos arranjos em vertente construtiva dos pequenos biscoitos, projeto de Pape, está agora uma disposição mais convencional, com uma grande tarja com o nome do produto quebrando o desenho. "Nem por hipnose alguém me convenceria de que essa coisa horrorosa é mais eficiente", esbravejou Name, na web.
É uma reação parecida com a do designer Alexandre Wol- lner, que viu sua embalagem clássica das sardinhas Coqueiro dar lugar a um design brilhante e modernoso, que rompe com os traços minimalistas de seu desenho, pondo no lugar uma linguagem mais figurativa.
"É uma esculhambação total da Coqueiro", diz Wollner. "Não pode trocar um desenho por uma coisa mais bonitinha."
Bonitinhas ou assassinas, marcas mudam. E geram um debate entre artistas e designers sobre o que é patrimônio visual e como lidar com o que já foi ícone do design brasileiro em meio às mudanças que seguem o ritmo do mercado.
Se por um lado saem de cena os últimos exemplos dessa corrente modernista, por outro empresas retomam logomarcas ornamentadas do passado.
Novo desenho põe em xeque "potência afetiva"
Designers falam em patrimônio visual e ideia de design como expressão do tempo
Momento atual permite convivência da sintaxe modernista com projetos vintage, de retomada de marcas do século passado
DA REPORTAGEM LOCAL
Mesmo sem saber que Lygia Pape estava por trás dos biscoitos flutuantes nas embalagens da Piraquê, várias gerações se acostumaram a ver nos mercados a serialização geométrica dos pacotes. Do mesmo jeito que a lata de sardinhas Coqueiro, desenhada em 1958, ficou mais de 40 anos em circulação.
É tempo suficiente para criar, mais do que uma identidade corporativa, uma memória afetiva desse desenho. "O que está em jogo não é tradição, e sim afeto", postou Daniela Name em seu blog, saindo em defesa das embalagens que marcaram sua infância. "Essa é a base da história e da longevidade de um produto de design."
Tanto que gente como o publicitário paulistano Eduardo Foresti guarda em casa as embalagens mais emblemáticas que encontrou pela vida, dos biscoitos Piraquê aos cosméticos Granado. "As pessoas se irritam quando muda algo com o qual existe uma relação sentimental", diz Foresti. "Um exemplo é a bala Chita, que era um macaquinho. As pessoas se ressentem dessas mudanças."
Quando a Varig decidiu substituir o desenho de um homenzinho voando pela rosa dos ventos na cauda de seus aviões, em 1962, pilotos se recusaram a voar sem o Ícaro, e a empresa foi obrigada a repintar o desenho no bico das aeronaves.
Mas pessoas também crescem, o tempo passa e marcas precisam lutar para manter o frescor. "Todas as empresas precisam se manter na concorrência, que é fortíssima", analisa o designer André Stolarski.
"O problema não é a mudança, mas como ela é feita, porque se o novo projeto perde uma característica que é distintiva em termos de mercado ou patrimônio visual, está perdendo feio, perde a potência afetiva."
Stolarski vê um retrocesso nos novos pacotes da Piraquê e da Coqueiro, mas elogia, por exemplo, as mudanças da Pepsi, que reformou há pouco sua logomarca e simplificou embalagens e identidade visual.
"Não faço parte do time que fica lamentando essas coisas", diz Chico Homem de Melo, professor de design e autor de livros-referência sobre o assunto no país. "Essa é uma visão de raiz racionalista, que vem da Bauhaus, o design que se colocava como eterno."
Longe de eterno, Homem de Melo chama o design de "expressão de seu tempo". "Essa é uma história de mudanças, não de permanências", frisa. E lembra que parte da polêmica em torno da aposentadoria de desenhos concretistas de Pape e Wollner está ancorada num momento histórico que passou.
"Esses artistas construtivos achavam que a arte industrial era a saída", diz Homem de Melo. "Então ir para o design não era sair para outra coisa, era mostrar para onde vamos."
Nessa linha, Willys de Castro, Hércules Barsotti, Waldemar Cordeiro, no Brasil, e nomes como El Lissitsky e Kurt Schwitters, no exterior, também fizeram incursões no campo do design, sujeitos à mesma passagem do tempo.
"É o curso das coisas, é natural que ideias novas tomem o lugar das antigas", diz o artista Rafael Lain, da dupla Detanico & Lain, conhecida por sua atuação também no design. "Um design feito há 50 anos responde a questões de 50 anos atrás, que não são pertinentes hoje."
E esse hoje é um terreno aberto. Convivem no design contemporâneo a sintaxe modernista de Pape, Wollner e Aloisio Magalhães e as formas ornamentadas, rococó, dizem alguns, do revival promovido por empresas como a Fiat, que voltou a usar a mesma tipografia de 1901 em sua logomarca.
"Tem um tom de humanidade, calor, que o design modernista não tem", diz Homem de Melo. "Estamos vivendo um revival, ou talvez seja só voltar a alguma coisa lá atrás e reinscrever isso na modernidade."
(SILAS MARTÍ)
25 junho 2009
O que é arte?
E o design?
Conseguimos definir dança, artes cênicas, performance, artes visuais, música, fotografia... mas a arte não. Conseguimos discutí-la, apreciá-la, expressá-la, sentí-la... isso sim, e não depende apenas de sensibilidade, e sim de educação, costumes e hábitos.
Agora o design já pode ser definido: Projeto - é o que dizem. E o porque disso é pelo fato de se projetar algo funcional, com objetivos e fins. Nada é por acaso, todo projeto de design possui um porque daquela cor estar lá, da forma ser do jeito que é, de uma determinada fonte ser usada e por ai vai.
É errado dizer: design de sombrancelhas, que design lindo! E... não preciso dizer mais nada - porque ai entra a discussão de estética e não do Design em si.