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29 abril 2010

3 exposições imperdíveis


* Design Filandês + Audiovisual sobre arte c/ vidro murano + Fotografias de João Luiz Musa - Instituto Tomie Ohtake até 09/05

* Andy Warhol - Arte Pop - Estação Pinacoteca - até dia 23/05

* Max Ernst - Colagens - Masp - abertura dia 23/04


Fala sério: exposições imperdíveis não? Então... vambora!


22 abril 2010

O acesso a arte


Estamos num momento em que a arte não está apenas nos museus, e essa idéia foi gerada à tempos, e em culturas, momentos que fazia sentido criar um lugar, um espaço para conservar as obras ditas "Arte". Mas hoje os tempos são outros, estamos na era tecnológica e se perceberem a arte está em todo lugar.

E sempre esteve!

Na Renascença, o cara que projetava um saleiro era considerado um artista pelo seu trabalho, e pelo seu produto. Com a revolução industrial, esse cara virou o designer, e na Europa, o que produzia ainda foi considerado arte... mas na América , alguns conceitos mudaram.

E no Brasil, onde 90% da população é televisiva? Muitos são analfabetos visuais e culturais? E são bombardeados por imagens, propagandas, sons, programas... qual a cultura, ou melhor, qual a bagagem cultural artistica, de fazer e apreciar arte?

Essas pessoas não possuem em sua maioria, um olhar de apreciador e muito menos o interesse de parar e enxergar, ouvir, ler uma obra de arte seja ela: dança, música, teatro ou visual. E o pior, tudo é inacessível, tem valores caros que pra uma pessoa que precisa desse dinheiro pra comer, é óbvio que ela vai comer. Há os lugares gartuitos, porém eles não são divulgados.

Por isso é importante mudarmos o nosso olhar pra Arte, que hoje em dia está mais acessível, está nas ruas. Um site legal é o catracalivre que sempre divulga eventos, cursos, show e exposições interessantes.

Jorge Coli diz:

"... Quantos podemos ir ao teatro, à ópera, ao concerto? As aparições dos Baryshinikovs, dos Bejárts, as representações sutuosas de óperas do Teatro Municipal, os pingados espetáculos com preços astronômicos não são certamentes capazes de preencher as enormes lacunas culturais que vivemos. E como, evidentemente, a solução não está nas lamentáveis operações demagógicas que aparecem de quando em quando, quem se interessa pelas artes no Brasil continua sendo um fruto bizarro e teimoso."

Pois é... sou teimosa, bizarra e idealista =).

Livro base: O que é Arte - Jorge Coli

20 abril 2010

Design Hoje

"Design Gráfico hoje: depoimentos e temas correlatos" - Mercantilização da Infância: um problema de todos, acontecerá na próxima sexta-feira, dia 26/04, a partir das 19h30.
Contamos com a presença de vocês!

Mais informações:

Educativo Maria Antonia

Tel: 0XX11 3255-7182 / ramal 46

19 abril 2010

Banalização do Design

Mas que design bonito! Vai lá que fazem design de sombrancelhas! O design é mal feito... e por ai vai, confessarei uma coisa, odeio o uso incorreto do termo "design". Porém é a moda, e nunca se usou tanto por ser chique e estar em voga.
E afinal de contas, o que seria design?

Não é "desígnio", "desenho" nem "desenhar", pelo amoooor! Design antes de mais nada é projetar, surgiu após a revolução industrial, por ter a necessida de projetarem produtos para serem fabridos em séries - a primeira mudança na arte, o artesão não faria parte da indústria e sim o designer.
Hoje, o designer também é um artesão, é um artista e um projetor, precisa lidar com leis da gestalt, de composição, das cores, os processos de impressão, o comportamento humano e etc. Tem que conhecer as técnicas de pintura, saber desenhar, criar no computador, conhecer materiais... UFA! Muita coisa e não apenas desenhar ou tratar imagens no computador.

Por isso que esse post é meu desabafo, porque cansei de escutar: mas que caro! Pra um valor rídiculo cobrado por um trabalho, porque ninguém pára pra pensar que há um processo de criação, um tempo gasto de no mínimo 1 mês de estudo pra depois iniciar a criação e finalização, então nesse mês, esse valor poderá ser o meu salário. Pensaram? Pois é... e tem gente por ai espalhando:

Meu filho aprendeu Corel na escola, ele vai fazer as coisas pra mim.

Parabéns! Depois você pode conferir as diferenças de trabalhos ok? Só!

06 abril 2010

Weingart - o gênio do design

O que falar sobre Wolfgang Weingart? Que ele foi um gênio? Que foi inovador, um excelente designer de tipos? Sim, ele foi tudo isso e muito mais. Além de ser um professor incentivador de idéias e precussor de uma nova geração de designers, ele fez história com suas ousadias tipográficas.

Confesso que demorei para me apaixonar por tipos, como qualquer principiante de design, achava que era apenas escolher as "letrinhas" mais bonitinhas de acordo com cada projeto... porém... o amadurecimento vem, você não deseja mais ser um "comercial designer" e deseja expressar, sentir e mostrar suas opiniões através do design... passando a ser uma artista além de tudo.

E na Europa o design é arte, sempre foi e sempre será, porque os caras querem experimentar, ousar, vender (é claro), mas com uma visão mais específica - diferente do design americano - o que vale é vender, consumir e ... enriquecer!

Nesse cenário europeu é que aparece o Wolfgang Weingart, o momento do Design Pós-Moderno, ele quebrou com as regras puritanas de composição realizadas com esmero por Josef Muller, Emil Ruder e Armin Hoffman na Suiça. Mas ainda não era o momento dele, pois o mundo prestava atenção no design inglês inovador, com as bases no movimento punk, de Peter Seville e Neville Brody.

O trabalho gráfico de Weingart é marcado por espaçamentos diferenciados entre os caracteres, criação de desenhos e formas com os tipos, não há uma leitura imediata dependendo da proposta gráfica, e sua tipografia baseou-se em regras semânticas, da sintaxe e da funcionalidade.

Ele estava mais interessado nas qualidades gráficas da tipografia, acreditava que certas modificações poderiam intensificar a mensagem textual e visual de qualquer composição gráfica, de um projeto de design.

"É um artista dialético que trabalha nos níveis mental, emocional e pragmático".

Ele nunca deixou de estudar as noções básicas da tipografia, isso é essencial para se criar, assim como em tudo na vida, portanto, lettering, espaçamento, entrelinhas, tipos de impressão, tamanho, diferentes sistemas de impressão e composição... tudo isso são detalhes importantes na hora de compor um texto.

E para terminar fico com as suas definições de o que seria Tipografia, que em minha opinião são fantásticas:

" É transformar um espaço vazio, num espaço que não seja mais vazio. Isto é, se você tem uma determinada informação ou um texto manuscrito e precisa dar-lhe um formato impresso com uma mensagem clara que possa ser lida sem problema, isso é tipografia...

Tipografia pode ser também algo que não precisa ser lido... pode fazer algo ilegível, para que o leitor descubra a resposta. Isso também é possível, e isso também é tipografia".

Wolfgang Weingart

fonte:

O Tipo da Gráfica - Cláudio Ferlauto

Tipográfos . Net