Páginas

26 fevereiro 2010

Passagens

Tem dias que nos sentimos estranhos... de ontem pra hoje estou assim, inerte, vazia, estranha e pensativa. Como se algo vai acontecer, mas não sei o que. A noite não conseguia dormir e as lágrimas caiam pensando em besteiras, mas que me machucaram. Consegui dormir apenas com dois comprimidos para dor.
Ironia... a dor não era física!
Hoje não falarei de artes, e design, e sim será um descarrego de desabafos que nem eu mesma sei se são reais, ou fantasias da minha cabeça.
Mas é a hora de dar um basta a certas situações, não é porque você é feliz e boa gente que vai aguentar tudo, ou o pior, por amar, vai aceitar tudo... o amor é aceitar a pessoa como ela é, porém, temos que nos amar primeiro para o outro nos amar.
Primeira vez que me sinto insegura, primeira vez que me sinto forte, primeira vez que sinto o amor, primeira vez que enfrento as dores, primeira vez que fico perdida, primeira vez que me desconheço.
Tudo é muito simples, e ao me ver, vejo uma pessoa complicada e que talvez transmita uma fria imagem e uma superação dela mesma e de tudo. Já ouvi que dou medo, mas não me vejo dessa forma, a imagem que tenho de mim mesma não é a mesma que os outros possuem. E assim, não entendo porque algumas coisas acontecem, e fico esperando as atitudes mais bobas e simples de querer me agradar.
Só espero, não falo, por acreditar que não é necessário, a pessoa tem que saber que eu espero isso, oras?! É óbvio que espero isso, é claro!
Aguardo, espero, e fico calada.
São palavras, pensamentos soltos que saem do vazio pra outro vazio efêmero.
Bom... deixa eu tomar um banho, e ler a matéria de aula e terminar de preparar minhas aulas, a vida deve continuar...

19 fevereiro 2010

A interação da tecnologia na dança!


Cada vez mais a arte intereage com o meios tecnológicos, utiliza-se das inovações e pesquisas dos meios para criar sua poética. E a dança não fica por fora dentro desse cenário.

Por Luciana Cristo
Elenize Dezgenisk/ Divulgação


Em diferentes formas de manifestação artística, as mais novas tecnologias têm ganhado o seu espaço, a partir da percepção dos artistas de como é possível agregar esses elementos para produzir um espetáculo inusitado.

Novidade? Nem tanto. Em meados da década de 1965, a coreografia de dança Variations V, de John Cage e Merce Cunningham foi pioneira em relacionar os bailarinos e a tecnologia disponível naquele momento.
Tendo esse ponto de partida como inspiração, a PIP Pesquisa em Dança, companhia paranaense dirigida pela bailarina e coreógrafa Carmen Jorge, inicia na próxima terça-feira (23) a temporada de seu mais novo espetáculo, We cage, em Curitiba.

Durante a apresentação, o público pode esperar muita interação entre dança e recursos tecnológicos. O resultado é um espetáculo inédito, produzido com ferramentas atuais como os softwares MAX MSP, Isadora e Live.

Eles permitem a interação dos movimentos dos bailarinos com sons, luzes e imagens processados ao vivo na cena, graças ao uso de computadores e de sensores.

Para se chegar a esse produto final, a companhia trabalha exaustivamente na pesquisa e em levantar material bibliográfico e videográfico para embasar a concepção do espetáculo.

“O espetáculo surgiu da ideia de estudar a Variation V, primeira obra histórica que se tem registro ao reunir dança e tecnologia, como o bailarino controla elementos como som e luz através do movimento”, explica Carmen.

Concepção antiga, mas com aprimoramento na tecnologia. Nos anos 1960, tudo era feito eletronicamente, não havia a tecnologia digital. “Hoje existem muitos softwares que trabalham em conjunto com essa ideia. Embora com mais opções, a complexidade do trabalho continua a mesma”, avalia.

O We cage é viabilizado com recursos da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), por meio do edital Produção e Difusão em Dança. “Somos a única companhia de dança do Paraná que faz esse tipo de pesquisa, de dança e tecnologia com sensores. A gente está desbravando a videodança aqui também”, comenta Carmen.

A PIP já participou de importantes eventos de dança, como o Fórum Internacional de Dança em Belo Horizonte (MG), a Mostra Contemporânea do Festival de Dança de Joinville (SC) e festivais em Nova York (EUA) e Florença (Itália).

Um espetáculo anterior da companhia, Barraco, de 2006, já tentava trabalhar com essa mistura, ao levar uma TV e uma câmera para o palco e pensar em como a imagem poderia contribuir para a geração de sentido para as cenas.

“Depois de pesquisa e cursos, surgiu oportunidade para esse edital da FCC, de colocar a questão dos sensores na cena, que eu ainda não tinha feito”, relata a coreógrafa. Saiba mais sobre o projeto acessando o blog www.pipwecage.blogspot.com

Oficina

A companhia prepara uma oficina gratuita, a Poéticas tecnológicas, para os interessados em saber mais sobre essa interação. Entre os conteúdos previstos estarão uma introdução à história da vídeodança e exercícios práticos de criação de movimento e coreografia para a câmera. Ainda não foram definidos local e datas de realização. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail pip@pip.art.br.

Serviço

Espetáculo We cage. De 23 de fevereiro a 14 de março. De terça a domingo, às 20h. Sessões extras nos dias 13 e 14 de março, às 16h. Teatro Cleon Jacques (Rua Mateus Leme, 4700, Parque São Lourenço). Ingresso: uma lata de leite em pó.

12 fevereiro 2010

Qual o sentido do carnaval?

Tô nesse clima:

Vai Passar
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque e Francis Hime

Vai passar nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo da velha cidade essa noite vai se arrepiar
Ao lembrar que aqui passaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais
Num tempo página infeliz da nossa história,
passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia a nossa pátria mãe tão distraída
sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações
Seus filhos erravam cegos pelo continente,
levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catedrais
E um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria fugaz
Uma ofegante epidemia que se chamava carnaval,
o carnaval, o carnaval
Vai passar, palmas pra ala dos barões famintos
O bloco dos napoleões retintos
e os pigmeus do boulevard
Meu Deus, vem olhar, vem ver de perto uma cidade a cantar
A evolução da liberdade até o dia clarear
Ai que vida boa, ô lerê,
ai que vida boa, ô lará
O estandarte do sanatório geral vai passar
Ai que vida boa, ô lerê,
ai que vida boa, ô lará
O estandarte do sanatório geral... vai passar

09 fevereiro 2010

TIPOgrafia

Tá na hora de atualizar esse blog com informações importantes e básicas de design. Nas minhas aulas percebo que a influência do computador é positiva e negativa, porque a maioria dos alunos deixaram de pesquisar e estudar a base do design.

E o que seria isso?

Deixaram de estudar o traço, o desenho, as pesquisas de campo e semântica, a tipografia e até os processos gráficos. Tudo se limita no que o computador pode fazer. E design não é isso e muito menos o processo de criação.

Vou escrever agora e mais alguns dias sobre a Tipografia, que não é a escolha aleatoriamente das "letrinhas" que existem num programa de computador.

O Eduardo Bacigalupo diz:

"É a arte de escolher os tamanhos, o comprimento das linhas e as diferentes espessuras das informações dos textos. Seu critério de legibilidade deve depender, única e exclusivamente, de sua forma e contraforma, da proporção e da fluência rítmica dos seus sinais".

E Wolfgang Weingart (mestre em tipografia, e falerei dele mais pra frente), vai mais longe:

"Tipografia é transformar um espaço vazio, num espaço que não seja mais vazio. Isto é, se você tem uma determinada informação ou um texto manuscrito e precisa dar-lhe um formato impresso com uma mensagem clara que possa ser lida sem problema, isso é tipografia. Mas essa definição tem o defeito de ser muito curta. Tipografia pode ser também algo mais interessante, pode fazer algo ilegível, para que o leitor descubra a resposta. Isso também é possível, e isso também é tipografia".

A anatomia e estrutura dos tipos



fontes:

Arquitetura de Design UNICAMP

O Tipo da Gráfica, Cláudio Ferlauto, ed. Rosari

*Ouvindo L´amoureuse, Carla Bruni

01 fevereiro 2010

É o que escuto

Acaso
Ivan Lins
Composição: Ivan Lins / Abel Silva

Não sei se o acaso quis brincar
Ou foi a vida que escolheu
Por ironia fez cruzar
O meu caminho com o seu

Eu nem queria mais sofrer
A agonia da paixão
nem tinha mais o que esquecer
Vivia em paz, na solidão

Mas foi te encontrar
E o futuro chegou como um presentimento
meu olhos brilharam, brilharam
No escuro da emoção

Não sei se o acaso quis brincar
Ou foi a vida que escolheu
Por ironia fez cruzar
O seu caminho com o meu