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21 agosto 2009

"Ninguém é sujeito da autonomia de ninguém"

Hoje citarei o Paulo Freire, um ícone da nossa educação, mas não muito reconhecido aqui no Brasil. Ele até é, mas não como deveria ser, porque suas idéias libertárias, esquerdistas e voltadas para autonomia do ser humano, foram mal interpretadas - claro, quem aqui no Brasil está interessado em melhorar a educação e desenvolver o ser humano, tornando-o pensante, participante e político?


Vamos lá, para algumas frases:


"Por que não estabelecer uma 'intimidade' entre os saberes curriculares fundamentais aos alunos e a experiência social que eles tem como indivíduos?"

"Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção."

"Professora sim. Tia não."

"A liberdade sem limite é tão negada quanto a liberdade asfixiada ou castrada."

"É decidindo que se aprende a decidir. Não posso aprender a ser eu mesmo se não decido nunca porque há sempre a sabedoria e a sensatez de meu pai e de minha mãe a decidir por mim."

"Por que perder a oportunidade de ir sublinhando aos filhos o dever e o direito que eles tem, como gente, de ir forjando sua própria autonomia? Ninguém é sujeito da autonomia de ninguém."

4 comentários:

Anônimo disse...

Estou para ler seus livros há algum tempo, mas não consigo devido a outros afazeres. Enfim, tardarei, mas lerei!

Na rede Educação Popular e Saúde ele é muito citado. Os profissionais deste movimento baseiam-se fortemente em suas ideias, inclusive foi daí que consegui seus livros. É um movimento que tem presença principalmente no Nordeste e está crescendo bem lentamente. Existe há algum tempo já.

Ótima lembrança!

Beijos

Anônimo disse...

é incrível o frase que papis semrpe me fala: Ninguém é profeta em sua própria terra. Fato! Como um ser pensante tão incrível não é cultuado no nosso próprio país! apenas cultuado por 1%. Sei que se cada idéia dele tivesse sido bem interpretada e colocada em prática, estariamos em outro lugar, com certeza!

Besitos

Thiago disse...

Acho que existem sim uns poucos, interssados.
Mas o que fazer , de fato, frente a isso tudo?
Como mudar?
Fazer que as idéias passem da admiração de uma minoria, há uma prática pela maioria?


Gostei daqui.

Parabéns!

Abraço

Simone disse...

Adorei seus coments!

Então Thiago? Como mudar? Pra mim, uma utopia: cada um fazer sua parte, plantar a sementinha e tentar ser um exemplo, uma referência. Tentar... pq ninguém é perfeito rs

Mas acredito nisso, em sala de aula tento ser e instigar os alunos a serem tb.

bjos