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05 julho 2009

O Bailado de Flávio Carvalho

"A psicánalise matou o Deus"
E essa peça performática, experimental, com direção de Roberto Lage e atuações do Núcleo Experimental Sesi - Acaba assim, com esse refrão num sambinha.
Vejam!
É gratuito, é bom, é divertido, é inteligente, é sacada, com boas atuações, com boa trilha sonora e o trabalho corporal dos atores está muito bom. E minha amiguinha da Belas Artes está no elenco, a Fabiana S. - e atua muito bem, por sinal.
"Marcada pela ausência de diálogos, a montagem surgiu da proposta do diretor de resgatar o universo do artista fluminense Flávio de Carvalho, radicado na capital paulista.O grupo usou como ponto de partida a peça Bailado do Deus Morto, escrita e encenada por ele em 1933, do texto teórico A Origem Animal de Deus e do artigo A Cidade do Homem Nu.Em torno desse eixo condutor aparecem as famosas experiências do artista, as pinturas e suas instigantes reflexões acerca do homem moderno, dentre as quais, a crença de que há três fatores que valem a existência: medo, fome e sexo."

Mais informações: Bailado

Sobre Flávio de Carvalho (1889-1973):

Foi um dos grandes nomes da geração modernista brasileira, atuando como arquiteto, engenheiro, cenógrafo, teatrólogo, pintor, desenhista, escritor e filósofo.
Tendo estudado na Inglaterra, e pertencente à segunda geração de modernistas de São Paulo, Flávio Resende de Carvalho desenvolveu suas múltiplas atividades, como arquiteto, fundador do Teatro Experiência, em 1933, organizador do 3º Salão de Maio, em 1939, fundador e animador do Clube dos Artistas Modernos, que reunia artistas para conferências, debates e exposições.

Tendo uma personalidade singular e isolada por seu próprio temperamento, Flávio de Carvalho contribuiu, não apenas como poderoso animador do meio artístico paulista dos anos 30,como por suas audaciosas experiências.

Fonte: Museus Brasileiros, vol. 6, Edição Funarte, Rio, 1982.

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