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18 março 2011

A arte islâmica


Fui na exposição no Centro Cultural Banco do Brasil que está linda, conhecer mais a arte islâmica. De um modo geral a arte e a cultural oriental me fascina, por sua história, riqueza, sabedoria e beleza.

Deixemos de lado os preconceitos que nós ocidentais nutrimos contra esses povos, porque quando o estudamos vimos como é rica sua literatura, arquitetura, escultura, design e etc.


par de brincos em forma de pássaros, ouro


Partindo do princípio que não pode ser criado nada figurativo, faz o homem ser obrigado a criar novas formas a partir do que se conhece. Além dos motivos geométricos, e os arabescos, eles usam existem numerosas representações de figuras animais e humanas na arte islâmica, que surgem sobretudo em contextos não religiosos.

cerâmica islâmica

Os motivos e temas são:

  • Alcorão: é proibido a adoração de imagens e a idolatria, o aniconismo.
  • Motivos arabescos, geométricos, da natureza e animais
  • Motivos abstratos
  • Uso da caligrafia e suas diversas formas - textos religiosos do Alcorão são usados.

A partir do século IX considera-se que o acto de representar um animal ou um ser humano é o assumir por parte do artista do papel de criador que se acredita que deva estar reservado unicamente a Deus.

São numerosos e variados os motivos decorativos nesta forma de arte, desde os motivos geométricos aos arabescos. A caligrafia no islão é considerada uma actividade nobre e sagrada, tendo em vista que as suratas do Alcorão são consideradas palavras divinas. As representações de humanos e de animais são excluídas de obras religiosas. A caligrafia como arte está também presente em obras do domínio do profano.


Surata
Arquitetura:

Não temos como falar de arte islâmica sem falar nos seus prédios suntuosos, nos seus mosteiros, templos e palácios.
O Taj Mahal, que apresentei no post que falava sobre a arte indiana, também pode ser considerado um exemplo de arte islâmica.
Não sei se já viram o clássico da Disney, Alladin (1992), e notaram que o palácio de Agrabah é um palácio definitivamente islâmico.
A forma tinha uma importância suprema nos prédios muçulmanos, já que existia um geômetra, que era quem realmente projetava os prédios, enquanto o arquiteto era responsável pela execução do projeto.


Abaixo, a Cúpula da Rocha (localizada em Jerusalém), a Mesquita Sagrada(localizada em Medina, Arábia Saudita), o Taj Mahal (localizado em Agra, na Índia), e também o palácio de Agrabah.











A inovação das iluminárias, ousadia e beleza no interior da mesquita no Cairo

Também, dentro da arquitetura islâmica, encontramos os minaretes, que são torres de grande altura, que fazem parte dos mosteiros muçulmanos, encontrados do lado de fora das mesquitas. Tinha um motivo religioso, já que servia "(...)para que a voz do almuadem ou muezim pudesse chegar até todos os fiéis, convidando-os à oração. " (fonte: historiadaarte.com.br)

A arte da tapeçaria

A quem não sabe, os muçulmanos, durante muito tempo, foram um povo nômade. E por isso mesmo que não havia uma preocupação muito grande com a arte.
Assim como em tudo, a arte começa com utilidades do cotidiano, e o tapete era uma delas.
Era usado para decorar as tendas nas quais viviam os muçulmanos, e como o seu sentido usual (no chão) nas mesquitas, já que os fiéis não podem encostar os pés no chão enquanto rezam.
Só que com o seu sedentarismo, os tapetes foram adquirindo um caráter mais sofisticado, passando a decorar prédios da elite, como palácios e castelos. Chegaram até mesmo a ter a sua influência em Palermo, na Itália.

Abaixo, um exemplo de tapete de Tabriz (origem persa, os quais eram considerados os mais valiosos), e um exemplo de tapete de Isfahan (também de origem persa).




Pintura

Na pintura islâmica, a principal problemática gira em torno da simbologia, em torno da representação figurativa.

Os árabes-muçulmanos não tinham uma cultura que se relacionasse a pintura religiosa, por isso mesmo incorporaram aspectos pictóricos dos povos que foram conquistando. E mesmo nas obras figurativas, o rosto dos profetas jamais são retratados por uma questão herética. O fato de a realidade ser algo reservada somente a Alá, e fora que os islâmicos eram contra a adoração a qualquer tipo de imagem (parecido com o que acontece nos primórdios do Cristianismo).
A pintura era predominantemente geométrico-abstrata, de caráter decorativo.

Abaixo, "o profeta orando na Kaaba" (gravura otomana do século XVI), "Descrição de um olho" (manuscrito), e "Ascensão de Maomé" (manuscrito persa).




Fontes:
CCBB

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