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25 junho 2011

"O carteiro e o poeta", "A Alma imoral"

Hoje vou falar, ou melhor dar duas dicas da Simone, de entretenimentos que ao mesmo tempo, promovem uma transformação interna no nosso ser: que é impressionante.

A primeira dica é de uma filme beeeem antigo, que na época eu queria assistir mas só consegui vê-lo ontem, baixando na internet, já que é super difícil achá-lo para comprar ou alugar.


O filme é "O carteiro e o poeta", título original é II Postino, do diretor Michael Radford, de 1994 e se passa no sul da Itália. Um filme belo, que é pura arte, com um cenário lindíssimo e um roteiro pra lá de envolvente. Resumindo:

Por razões políticas o poeta Pablo Neruda (Philippe Noiret) se exila em uma ilha na Itália. Lá um desempregado (Massimo Troisi) quase analfabetoé contratado como carteiro extra, encarregado de cuidar da correspondência do poeta, e gradativamente entre os dois se forma uma sólida amizade.

Para quem gosta de Pablo Neruda é um prato cheio. O filme é a própria poesia e a essência do escritor. Mas é baseado no livro Ardiente Paciencia, de Antonio Skármeta. Mais informações Aqui

Ganhou o Oscar de melhor trilha sonora em 1996, criada por Luis Enrique Bacalov. Venceu na categoria de melhor filme estrangeiro na Academia Japonesa de Cinema em 1997, ganhou os prêmios: BAFTA 1996 (ING), Prêmio David di Donatello 1995 (ITA), e Prêmio Saint Jordi 1996 (ESP).

Gostei muito do filme e recomendo.

Agora vamos ao teatro... finalmente consegui ver "A Alma Imoral", digo finalmente, porque desde 2009 queria vê-la, mas não dava certo os dias e horários. Mas fui ontem e é daquelas peças que você sai tranformado, com vontade de ler o livro, e com várias indagações e nehuma opinião formada.

Louco! Mas quem tem tudo certo na cabeça, não entendeu nada... o início do monólogo já nos deixa pensando... ainda mais quando ela fala que é uma Judia Budista! Adoro isso!!

No meio de tantas opções de teatro, com uma qualificação um tanto duvidosa, todas sobre os mesmos assuntos de relacionamento, das mulheres de 30, de sexo ou guerra dos sexos, eis que encontramos uma verdadeiramente BOA, com um texto intrigante e uma atuação exemplar.

Não é exagero! Tanto que o sucesso é permante, há dois anos, Clarice Niskier lota as salas e faz todos viajarem para seus interiores em busca de respostas ou melhor ainda... nos faz encontrar dúvidas e deixarmos na verdadeira tensão de SER,ESTAR, FAZER, PENSAR...

É uma adaptação pessoal da atriz do livro "A Alma Imoral" de Nilton Bonder, falo pessoal porque ela mesma deixa isso claro no começa do monólogo.

Nua, usando apenas de uma cadeira, um copo d'água, um tecido preto, sem cenário .... a atriz consegue prender nossa atenção durante 1h30: não é para qualquer um! Sem microfone, sem artifícios, ela faz o verdadeiro teatro, que eu estava com muita saudade de ver.

(...) É difícil resumir o texto, mas dá para citar algumas análises que ele propõe. A ideia é tentar reconstruir os significados de “corpo” x “alma”, de “traição” x “tradição” e “preservação” x “evolução”. Vou explicar. A alma é diferente do corpo porque é imoral. A verdadeira alma é transgressora e provoca pensamentos para romper com a moral estabelecida. É representada pela rebeldia e pela mutação. De um outro lado, a tradição é um instrumento importante para a preservação da espécie humana. Representada pelo corpo, pela conformidade e adaptação.

A preservação de algumas tradições pode ser uma grande traição a nossa alma. Ao mesmo tempo que transgredir pode ser uma traição ao nosso corpo, a nossa preservação. Mas sem a traição, não há evolução. Então como se posicionar frente a isso? Esse é o desafio do livro. Tentar buscar um autoconhecimento para estabelecer decisões conscientes. Traído e traidor são a mesma pessoa. Se somos donos do corpo e da alma, a traição sempre estará em nós em algum dos lados. (...) - de Fernanda Guimarães - Leia o texto na íntegra aqui


Prefiro dizer que o texto é bem mais complexo que esse deixado pela Fernanda, porque abre para muitas interpretações e isso depende da nossa própria concepção sobre a vida, a tradição, religião, e alma x corpo. Tem que ler o livro depois para entender melhor, isso é fato! E vou comprar o meu agora.


Fica a dica, para quem é de SP, esse é o último final de semana.

Para mais informações acesse o site: A Alma Imoral


21 junho 2011

Pós - graduação em Design

Últimas inscrições para a pós - graduação em Design, pelo Centro Universitário Maria Antonia, USP.

Design e Humanidades



Mais informações: www.usp.br/mariantonia

20 junho 2011

X-Men Primeira Classe

Quem já foi ver X-Men Primeira Classe?

Se ainda não foi, não demora! Assisti ontem e o filme me surpreendeu. Finalmente fizeram um filme à altura dos criadores do desenho X-Men. Porque eu como fã de carteirinha, tinha ficado super chateada com o terceiro filme, quando vi o primeiro desejavfa mais e o segundo... foi o melhorzinho deles.

Mas esse é um super filme! Com um belo roteiro e uma ótima produção, que vale a pena você sair da sua casa, pagar uma boa sala de cinema, e ver comendo pipoca e outras guloseimas. Ou ... bem acompanhada!


Veja o trailer:



"X-Men: Primeira Classe" resgata a origem dos heróis

Longa chega aos cinemas e surpreende o público de forma inesperada

Por Rodrigo Ramos

O cinema gosta de pregar peças interessantes. Veja só como são as coisas. Desde que Bryan Singer saiu da franquia X-Men, a série vinha em declínio. X-Men: O Confronto Final ainda era bom, mas longe dos ótimos dois antecessores. Para piorar, lá veio a Fox fazendo um filme solo de Wolverine, o que foi um verdadeiro fiasco. Em busca de dar uma nova roupagem e encontrar uma nova maneira de ganhar dinheiro com a marca dos mutantes da Marvel, a Fox resolveu criar o X-Men: Primeira Classe, pescando as origens dos heróis, na chamada Era de Ouro dos quadrinhos.

Primeiramente, vale lembrar que este X-Men não tem conexão alguma com os primeiros filmes. É realmente um recomeço. Desta vez, a origem dos mutantes é contada de forma semelhante ao que foi escrito lá nos quadrinhos. Ou seja, é um prato cheio para os fãs de HQ. Não precisa ser perfeccionista e fã chato, reclamando que falta uma coisinha ou que um detalhe é diferente do que está na revista. Mas os elementos, os personagens, as cores, estão tudo lá. Sim, até mesmo os uniformes coloridos.

Os protagonistas desta trama são Charles Xavier (James McAvoy) e Erik Lehnsherr (Michael Fassbender). O início de Primeira Classe é igual ao de X-Men: O Filme. Lá na Polônia, em um campo de concentração, o jovem Erik é separado de sua mãe enquanto ela é levada. Ao perceber seu poder, Sebastian Shaw (Kevin Bacon) tenta extrair mais dessa habilidade do garoto. Para isso, ele assassina a mãe dele. Com isso, Erik concentra toda a sua raiva e ódio para perseguir Sebastian e assassiná-lo. Isso é o que motiva a continuar. Do outro lado, Charles teve uma infância menos conturbada. Ainda quando criança, ele encontra com Raven, posteriormente conhecida como Mística (Jennifer Lawrence). Eles iniciam uma amizade, como se fossem irmãos. Ele vai criando teses sobre a mutação e está em busca de novos mutantes, enquanto Raven tenta lidar com a sua aparência.



Para ler o texto na íntegra: Culture-se

A Sinestesia da Tipografia


Hoje, quando estava estudando pra dar minha aula sobre tipografia, como sempre fui ler as novidades sobre o assunto na internet. E me deparei com esse termo: sinestesia tipográfica - em um artigo da Márcia Okida. Se quiser ler é só clicar aqui "O Tipo que nos Veste".

Antes de eu falar sobre esse assunto, é legal tirarmos as dúvidas do que seria cinestesia e sinestesia. Sempre falo que ao projetar, o designer hoje deve conhecer muito bem o Homem (público), a Cultura (onde) e ser sensível à tudo e a todos, para que o projeto tenha sucesso, ou seja, cada vez mais atingimos as pessoas através das sensações e emoções: por inteiro!

Então vamos compreender melhor esses termos?

Cinestesia: é o termo utilizado para nomear a capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo, sua posição e orientação, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em relação às demais, sem utilizar a visão.

Segundo a teoria das múltiplas inteligências, a Inteligência corporal-cinestésica refere-se as habilidades que atletas e artistas (especialmente dançarinos) desenvolvem para a coordenação desejada de movimentos precisos necessários para a execução de sua técnicas.

Um problema sério no desenvolvimento dessa inteligência é que segundo Howard Gardner a maioria das escolas se satisfazem com desempenhos mecânicos, ritualizados ou convencionalizados, isto é, desempenhos que desenvolvem as habilidades apenas levando o aluno a repetir o que o professor modelou.

Uma das técnicas mais usadas para o desenvolvimento da cinestesia é vendar os alunos para que com a ausência da visão eles se focalizem na cinestesia no uso de suas técnicas. Outro recurso muito utilizado é o uso de um ou mais espelhos ao redor do aluno durante os exercícios ou filmar o treinamento para que a visão sirva como feedback de como estão sendo feitos os movimentos.


Ou seja... todos nós temos a inteligência cinestésica, alguns mais, outros menos, é a nossa capacidade de lidar com outras sensações, percepção e inteligência. Há aqueles que aprendem vendo, outros ouvindo, outros quando o tocam ou quando se mexem e etc.


Sinestesia: (do grego συναισθησία, συν- (syn-) "união" ou "junção" e -αισθησία (-esthesia) "sensação") é a relação de planos sensoriais diferentes: Por exemplo, o gosto com o cheiro, ou a visão com o olfato. O termo é usado para descrever uma figura de linguagem e uma série de fenômenos provocados por uma condição neurológica.

Exemplos de sinestesias:

  • Vamos respirar o ar verde do outono (respirar e verde,junção de sentidos)
  • Latitude de uma montanha consiste a uma pedra
  • Figura de linguagem

Há certa confusão em relação aos termos cinestesia e sinestesia: o primeiro termo refere-se ao sentido muscular, a um conjunto de sensações que nos permite a percepção dos movimentos (Michaelis, 1998); o segundo termo refere-se a uma sensação secundária que acompanha uma percepção, ou seja, uma sensação em um lugar originária de um estímulo proveniente de um estímulo de outro (Michaelis, 1998 e Dorsch, 1976). Portanto, é importante termos em mente que o termo sinestesia empregado neste trabalho não se restringe à percepção do movimento e suas propriedades (peso e posição dos membros), mas engloba um conjunto geral de percepções e sensações interligadas por processos sensoriais.


E o que isso tem a ver com o design?

Pois bem, como o assunto é tipografia vamos aplicá-lo a ele. Já percebeu que quando escolhemos um tipo errado pro projeto, prejudicamos ou alteramos a sua identidade? Você ainda é daqueles que fica experimentando de forma aleatória a fonte que vai usar?

Tipografia é coisa séria, é uma arte, como já dizia Weingart, além de nos preocuparmos com a legibilidade, estética, funcionalidade, também devemos prestar atenção nas qualidades das tipografias.

Algumas são femininas, masculinas, infantis, glamurosas, engraçadas... e conseguem influênciar na identidade visual de qualquer projeto gráfico.

Como a Okida fala:

"O fato de uma fonte ser mais alta, baixa, condensada ou expandida também indica personalidade, uma maneira fácil pensar em comparações para dar personalidade às fontes é imaginar que — nos padrões gerais de estética e estilo e não nos moldes de gosto pessoal — as fontes são pessoas: as altas e magras são consideradas elegantes e leves, as pessoas maios gordinhas e baixinhas mais lentas e pesadas, as formas sinuosas da “mulher brasileira”, mais sensuais etc. Estes são detalhes de personalidades que podemos transferir as fontes. Podemos também fazer associações entre objetos e tipos buscando estas personalidades.

Seria possível associar características que indiquem tristeza, glamour, alegria, esoterismo, cultura, amor e tantos outros sentimentos.

Isso é o que chamamos de Sinestesia Tipográfica que, quando usada de modo correto, dá ao design que criamos uma maior personalidade, criatividade e identificação com tema, mercado ou público."


A Sinestesia Tipográfica, seria quando a tipo usada consegue atingir outras percepções do ser humano, através de sua forma, cor, transmitindo sensações e até uma mensagem, identidade, estilo? É isso? Hum... realmente, escolher uma tipo está bem sério.

Mas é isso sim, é o caminho que nossa comunicação está seguindo. O cinema já nos atinge em praticamente todas nossas inteligências, e percepções sensoriais, e o que não falar da arte e assim... do design.

Vale sempre lembrar do objetivo do design, da publicidade e de toda mídia comunicativa. Nem preciso dizer né?

Se interessou sobre o assunto? Dá uma lidinha nesse texto na Zupi!




Referências

"Efeitos da propriocepção no processo de reabilitação das fraturas de quadr0" Martimbianco, Ana Luiza Cabrera; Luis Otávio Polachini; Therezinha Rosane Chamlian; Danilo Masiero (2008) "Treinamento do Equilíbrio" Acta Ortopédica Brasileira, vol.16 no.2 São Paulo 2008 (Brasil).

Acessado a 22 de outubro de 2009 Vilma Leni Nista-Piccolo e col. (2004) Manifestações da inteligência corporal cinestésica em situação de jogo na educação física escolar. http://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/viewFile/582/606

08 junho 2011

Jóias com material recíclavel?

Olha que legal o trabalho dessa designer de jóias, a Junia Machado. Quem disse que jóias precisa ser somente com pedras preciosas?

Ela cria a partir de materiais reciclaveis como PET, madeira, papel, e etc.

Conheçam um pouco mais do trabalho dela, não é apenas o Vicky Muniz que faz arte com materiais inusitáveis... tem muita gente renovando. Esse é o caminho!